Outra querida amiga, Cristiane Costa, também jornalista, agora se descobre editora. Com a experiência acumulada de anos como editora do belo caderno Idéias do JB e da Revista Nossa História, ela lança o primeiro livro como editora na próxima semana. Vejam que tema interessante e que bela foto já na capa da obra. Inteligente, sensível, sem dúvida Cris fará grande sucesso nesta nova fase da carreira. Estaremos todos lá.
Lançamento de livro, debate multidisciplinar sobre população de rua e projeção de documentário e fotos da Fazenda Modelo
Livro: NO OLHO DA RUA
A vida na Fazenda Modelo, um dos maiores abrigos de mendigos do mundo
Autor: Marcelo Antonio da Cunha
Editora: Nova Fronteira
Evento de lançamento: terça, 13 de maio, no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ
O LIVRO
Eles já foram os miseráveis de Victor Hugo, o lumpesinato de Karl Marx, os excluídos da globalização, os marginalizados, os párias, os indigentes, os sem-teto e hoje ganharam o pomposo título de “pessoas em situação de vulnerabilidade social”. No fundo, são gente como a gente, que carrega histórias de vida muitas vezes surpreendentes. Foram essas histórias que o médico Marcelo Antônio da Cunha recolheu durante os três anos em que dirigiu a Fazenda Modelo, que já foi um dos maiores abrigos de mendigos do mundo.
Uma vila, uma senzala, um campo de concentração, um reflexo do que acontece nas ruas do Rio de Janeiro? A Fazenda Modelo foi tudo isso um pouco. Criada em 1947 e transformada em abrigo em 1984, ocupava 47 hectares na Zona Oeste do Rio de Janeiro e chegou a abrigar 2.500 pessoas, entre crianças, adultos e idosos.
Boa parte não nasceu na miséria. Alguns já tiveram casa, carro, emprego e famílias estáveis, mas sofreram algum revés da vida e tiveram que deixar o passado para trás. Convivendo lado a lado com a insanidade de um mendigo como Bacana, que pensava ser um cachorro, havia pessoas como uma ex-aeromoça que passou anos na Fazenda Modelo enquanto aguardava uma vultosa indenização trabalhista.
Outro dos personagens inesquecíveis do livro é Barnabé, compositor com vários discos gravados que acabou nas ruas. Casos de pessoas que perdem a memória não eram raros, como o do arquiteto que foi encontrado vagando pela cidade e só depois de meses na Fazenda conseguiu lembrar-se de quem era.
Em 2003, graças aos esforços de Marcelo e de um grupo de profissionais, a Fazenda Modelo começou a ser “desconstruída”, assim como grandes depósitos de indesejáveis, como a Colônia Juliano Moreira, no Rio, o Juqueri e o Carandiru, em São Paulo.
Despejar no papel as histórias das pessoas com quem conviveu, para que um dia chegassem a ser conhecidas pelo resto da sociedade, foi para o autor a única forma de dormir em paz. Mais do que uma denúncia, No olho da rua é um livro que emociona, nos faz pensar na fragilidade humana e na necessidade de amparar os que nada têm.
O AUTOR
Marcelo Antonio da Cunha é médico. Nasceu em Recife, trabalhou na Amazônia e no sertão nordestino. Há 18 anos reside no Rio de Janeiro, onde se pós-graduou em Medicina Preventiva e Social pela Fundação Osvaldo Cruz, lecionou na Universidade Estácio de Sá e trabalhou na Organização Médicos Sem Fronteiras. Atualmente coordena um Centro de Atenção Psicosocial para Álcool e outras Drogas no Rio.
O EVENTO
O lançamento do livro de Marcelo Antonio da Cunha é um catalisador de uma discussão urgente na sociedade brasileira:
o que fazer com os excluídos?
A desconstrução da Fazenda Modelo e o importante papel que as artes assumem neste processo será o ponto de partida para a reflexão e troca de experiências entre cientistas sociais, pesquisadores, administradores de políticas públicas, artistas e produtores que em algum momento se deixaram impressionar pelo abismo da rua.
O evento no Fórum de Ciência e Cultura, no dia 13 de maio, prevê:
1) Um seminário com duas mesas-redondas.
O Estado e a rua
A primeira mesa discutirá as políticas públicas para a população de rua
* Carlos Augusto de Araújo Jorge - Ex-secretário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
* Representante da Organização Médicos Sem Fronteira
* Liana Sant'Ana - Ministério Público
* Mirian Guindani - Professora da Escola de Serviço Social da UFRJ
Duração: 3h – 10h às 13h
A arte no limite da rua
A segunda mesa apontará o papel das artes na vida de moradores de rua
* Beatriz Resende - Mediadora e diretora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ
* Marcos Prado - Cineasta, diretor de Estamira e produtor de Tropa de Elite
* Luciano Rocco - Diretor da Revista Ocas, produzida e vendida por moradores de rua
* Dinah Cesare - Atriz e coordenadora de artes da Fazenda Modelo
* Laura Tavares - Professora e pró-reitora de Extensão da UFRJ. Tem atuado nas áreas de Enfermagem e de Serviço Social, com ênfase em Políticas Sociais
* Marco Terranova- Jornalista e documentarista
* Memorina - Ex-moradora da Fazenda Modelo.
Levaremos também outros ex-moradores, como o artista plástico Cloves, que já expôs na Bienal de São Paulo e o compositor Barnabé, com vários discos gravados.
Duração: 3h – 14h às 17h
2) Fotografia e vídeo:
Durante o evento, o Salão Branco seria ocupado por projeções simultâneas de um documentário em vídeo (Marco Terranova) e projeção de fotografias (André Valentim) da Fazenda Modelo.
Realização
Forum de Ciência e Cultura da UFRJPalácio Universitário da Praia VermelhaAv. Pasteur, 250 / 2º andar - CEP: 22295-900 - Urca - RJ(esquina com Av. Venceslau Brás)Tel: 2295-1595 / Ramais: 109, 113 e 117LocalizaçãoEsquina das Avenidas Venceslau Brás e PasteurReferências Ao lado do Instituto Phillipe Pinel. Em frente ao Iate Clube. Próximo aos shoppings Rio Sul e Rio Plaza (antigo Off Price) e ao CanecãoÔnibus Sentido Zona Sul-Centro - ponto de desembarque em frente ao Instituto Phillipe Pinel. Sentido Centro-Zona Sul - ponto de desembarque em frente ao Rio Plaza ShoppingMetrô Estação mais próxima - Botafogo. Pegar o ônibus de integração com a Urca e desembarcar em frente ao Instituto Phillipe PinelEstacionamentos Vaga Certa nas ruas Xavier Sigaud e Lauro Müller Estacionamentos nos shoppings Rio Sul e Rio Plaza
Livro: NO OLHO DA RUA
A vida na Fazenda Modelo, um dos maiores abrigos de mendigos do mundo
Autor: Marcelo Antonio da Cunha
Editora: Nova Fronteira
Evento de lançamento: terça, 13 de maio, no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ
O LIVRO
Eles já foram os miseráveis de Victor Hugo, o lumpesinato de Karl Marx, os excluídos da globalização, os marginalizados, os párias, os indigentes, os sem-teto e hoje ganharam o pomposo título de “pessoas em situação de vulnerabilidade social”. No fundo, são gente como a gente, que carrega histórias de vida muitas vezes surpreendentes. Foram essas histórias que o médico Marcelo Antônio da Cunha recolheu durante os três anos em que dirigiu a Fazenda Modelo, que já foi um dos maiores abrigos de mendigos do mundo.
Uma vila, uma senzala, um campo de concentração, um reflexo do que acontece nas ruas do Rio de Janeiro? A Fazenda Modelo foi tudo isso um pouco. Criada em 1947 e transformada em abrigo em 1984, ocupava 47 hectares na Zona Oeste do Rio de Janeiro e chegou a abrigar 2.500 pessoas, entre crianças, adultos e idosos.
Boa parte não nasceu na miséria. Alguns já tiveram casa, carro, emprego e famílias estáveis, mas sofreram algum revés da vida e tiveram que deixar o passado para trás. Convivendo lado a lado com a insanidade de um mendigo como Bacana, que pensava ser um cachorro, havia pessoas como uma ex-aeromoça que passou anos na Fazenda Modelo enquanto aguardava uma vultosa indenização trabalhista.
Outro dos personagens inesquecíveis do livro é Barnabé, compositor com vários discos gravados que acabou nas ruas. Casos de pessoas que perdem a memória não eram raros, como o do arquiteto que foi encontrado vagando pela cidade e só depois de meses na Fazenda conseguiu lembrar-se de quem era.
Em 2003, graças aos esforços de Marcelo e de um grupo de profissionais, a Fazenda Modelo começou a ser “desconstruída”, assim como grandes depósitos de indesejáveis, como a Colônia Juliano Moreira, no Rio, o Juqueri e o Carandiru, em São Paulo.
Despejar no papel as histórias das pessoas com quem conviveu, para que um dia chegassem a ser conhecidas pelo resto da sociedade, foi para o autor a única forma de dormir em paz. Mais do que uma denúncia, No olho da rua é um livro que emociona, nos faz pensar na fragilidade humana e na necessidade de amparar os que nada têm.
O AUTOR
Marcelo Antonio da Cunha é médico. Nasceu em Recife, trabalhou na Amazônia e no sertão nordestino. Há 18 anos reside no Rio de Janeiro, onde se pós-graduou em Medicina Preventiva e Social pela Fundação Osvaldo Cruz, lecionou na Universidade Estácio de Sá e trabalhou na Organização Médicos Sem Fronteiras. Atualmente coordena um Centro de Atenção Psicosocial para Álcool e outras Drogas no Rio.
O EVENTO
O lançamento do livro de Marcelo Antonio da Cunha é um catalisador de uma discussão urgente na sociedade brasileira:
o que fazer com os excluídos?
A desconstrução da Fazenda Modelo e o importante papel que as artes assumem neste processo será o ponto de partida para a reflexão e troca de experiências entre cientistas sociais, pesquisadores, administradores de políticas públicas, artistas e produtores que em algum momento se deixaram impressionar pelo abismo da rua.
O evento no Fórum de Ciência e Cultura, no dia 13 de maio, prevê:
1) Um seminário com duas mesas-redondas.
O Estado e a rua
A primeira mesa discutirá as políticas públicas para a população de rua
* Carlos Augusto de Araújo Jorge - Ex-secretário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
* Representante da Organização Médicos Sem Fronteira
* Liana Sant'Ana - Ministério Público
* Mirian Guindani - Professora da Escola de Serviço Social da UFRJ
Duração: 3h – 10h às 13h
A arte no limite da rua
A segunda mesa apontará o papel das artes na vida de moradores de rua
* Beatriz Resende - Mediadora e diretora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ
* Marcos Prado - Cineasta, diretor de Estamira e produtor de Tropa de Elite
* Luciano Rocco - Diretor da Revista Ocas, produzida e vendida por moradores de rua
* Dinah Cesare - Atriz e coordenadora de artes da Fazenda Modelo
* Laura Tavares - Professora e pró-reitora de Extensão da UFRJ. Tem atuado nas áreas de Enfermagem e de Serviço Social, com ênfase em Políticas Sociais
* Marco Terranova- Jornalista e documentarista
* Memorina - Ex-moradora da Fazenda Modelo.
Levaremos também outros ex-moradores, como o artista plástico Cloves, que já expôs na Bienal de São Paulo e o compositor Barnabé, com vários discos gravados.
Duração: 3h – 14h às 17h
2) Fotografia e vídeo:
Durante o evento, o Salão Branco seria ocupado por projeções simultâneas de um documentário em vídeo (Marco Terranova) e projeção de fotografias (André Valentim) da Fazenda Modelo.
Realização
Forum de Ciência e Cultura da UFRJPalácio Universitário da Praia VermelhaAv. Pasteur, 250 / 2º andar - CEP: 22295-900 - Urca - RJ(esquina com Av. Venceslau Brás)Tel: 2295-1595 / Ramais: 109, 113 e 117LocalizaçãoEsquina das Avenidas Venceslau Brás e PasteurReferências Ao lado do Instituto Phillipe Pinel. Em frente ao Iate Clube. Próximo aos shoppings Rio Sul e Rio Plaza (antigo Off Price) e ao CanecãoÔnibus Sentido Zona Sul-Centro - ponto de desembarque em frente ao Instituto Phillipe Pinel. Sentido Centro-Zona Sul - ponto de desembarque em frente ao Rio Plaza ShoppingMetrô Estação mais próxima - Botafogo. Pegar o ônibus de integração com a Urca e desembarcar em frente ao Instituto Phillipe PinelEstacionamentos Vaga Certa nas ruas Xavier Sigaud e Lauro Müller Estacionamentos nos shoppings Rio Sul e Rio Plaza
Um comentário:
Trabalhar na Fazenda modelo , para mim foi um presente que Deus me deu , foi um mergulho em uma realidade , que para mim era fictícia , uma raalidade forte para quem vivia em um mundo que por mim era avaliado como firme e imbativél ..Pude vêr , viver e crescer na Fazenda Modelo ou com chamavamos , FMOD .Ninguem que tenha um pouco de sensibilidade , saiu da Fazenda Modelo ,igual como entrou, ou indiferente, mesmo que não quisesse , se transformou em uma pessoa diferente ,assim como eu ando, hoje não consigo só olhar o indivído sem pensar como foi o ontem dele , e o que será o amanhã ! Se saiu como entrou, ainda esta precisando de uma mão que o ajude ! Como dizia o cara, que construi a idéia da "desconstrução" ( Essa ciranda que é nossa vida ) Agradeço ao doutor Marcelo um dos cabras mais inteligentes que tive a honra de trabalhar . Um abraço do Max
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