segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mestre Messias (1942 – 2011)


28/02/2011 por André Luís Câmara

No fim da tarde de sábado, 26 de fevereiro, Messias dos Santos bebeu sua última cerveja no Bar do Gomez (foto), em Santa Teresa, bairro onde morava e se tornou espécie de personagem folclórico. Mestre Messias, como era conhecido, costumava ali ser constantemente fotografado por turistas curiosos com a elegância extravagante de seu chapéu por ele mesmo pintado. Poderia ter sido mais uma tarde de sábado em que teria falado de suas canções, seus quadros, do CD gravado com a participação carinhosa de tantos músicos que o admiravam. Mas, poucas horas depois, o Mestre morria na companhia do amigo que, nos últimos anos, o acolhera com um lugar para morar.

Natural de Cataguazes, em Minas Gerais, vivia dizendo que voltaria para lá. Pensando nessa possibilidade pintou o quadro Pedacim de trem, que retrata a estação ferroviária da terra natal e do qual resplandece um amarelo carregado de muita vida. Nunca conseguia dinheiro para realizar o retorno à Cataguazes. Contava sempre com os amigos que gostavam de sua música e sua pintura e com eles trocava ideias pelas esquinas do bairro que amava. Foi assim, por exemplo, que a Casa Áurea tornou-se ponto de referência para apreciadores de seus quadros. Assim também fez parte da recente exposição do fotógrafo Ricardo Beliel, que clicou perfis de pessoas carcaterísticas de Santa Teresa. E assim foi filmado por Cecília Lang no documentário Messias dos Santos, delicadamente nobre.

André Cunha, Pedro Lima e Cristina Bhering são apenas alguns dos muitos músicos que sempre o acompanharam em canjas dadas em bares como Simplesmente e Marcô. Acalentava a esperança de ver lançado seu primeiro CD, produzido pelo alemão Michael Sexauer, que traz canções feitas na década de 1960, no período em que viveu em Juiz de Fora, e outras dos anos 2000, como o saboroso samba Negro carioca. Caberá a Michael lançar postumamente esse tributo ao Mestre que reúne, entre outros, Tomás e Gabriel Improta, Robertinho Silva, e até um coro de crianças que remete ao antológico Minas, de Milton Nascimento.

Ao saberem de sua morte, amigos emocionaram-se num brinde ao Mestre, na esquina do Bar do Gomez, e lembraram sua obra-prima, Jongo diminuto e uma canção que diz assim: “…pra te encontrar na madrugada/ e te guardar dentro das cores”. Marcos Nogueira, o Marquinhos das marionetes, reconhecido pelos maravilhosos bonecos que faz de Cartola, Tim Maia, Raul Seixas, Gilberto Gil, entre outros, se lembra da época em que morou com Messias, em dias de completa pindaíba. “Certa vez ele vendeu um quadro. Chegou em casa e falou: ‘agora é nós’! E fomos jantar fora e beber pelos restaurantes de Santa Teresa durante alguns dias, até o dinheiro do quadro acabar”.

Messias dos Santos era assim. Ao partir para a Eternidade, aos 68 anos, dele ficam um chapéu, um sorriso e uma herança de cores, acordes e versos. Valeu, Messias! Agora é nós!

Veja Messias tocando o Jongo diminuto.

Leia o verbete Messias dos Santos no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.



http://andreluiscamara.wordpress.com

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Malu no alvo da moda


A atriz Malu Mader, que atualmente vive a personagem Suzana Martins, editora da revista Moda Brasil, na novela Ti-ti-ti, trouxe o lado fashion da telinha para a vida real.

Malu mostrou que é fashion ser do bem e fotografou com a famosa camiseta da campanha O Câncer de Mama no Alvo da Moda.

Todas as camisetas podem ser encontradas nas lojas Hering espalhadas pelo País ou pelo site www.heringwebstore.com.br. Parte da renda obtida com a venda é revertida ao Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC).

Conheça o site da Campanha: www.ocancerdemamanoalvodamoda.com.br

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ViaSete inaugura filial no Leblon e confirma parceria com a WWF-Brasil


O ViaSete acaba de chegar ao Leblon com projeto sustentável. A pedido de Ricardo Stern, a arquiteta Bel Lobo utilizou madeira certificada nas mesas, cadeiras e parede. O restaurante mantém, desde 2007, uma parceria com a ONG WWF-Brasil, arrecadando R$ 1 na conte de cada cliente. Como as demais unidades (Centro e Ipanema), o restaurante fará gestão de resíduos, reciclando óleo de cozinha, papel e papelão, garrafas PET e latas de alumínio. Em média, 2.500 quilos de papel e papelão, 200 quilos de PET, 200 quilos de latas de alumínio e 850 litros de óleo são reciclados por ano.

Em 2001, o restaurante chegou ao Centro do Rio e se tornou uma das melhores opções gastronômicas da região. As receitas deliciosas do chef Felix Opitz chegaram ao coração de Ipanema em 2002. Na varanda da casa é possível se deliciar com saladas, sanduíches, grelhados e drinques acompanhando o movimento da Rua Garcia D´Ávila. Após cinco meses de obra, o ViaSete chega a um dos pontos mais movimentados do Leblon. Apostando na animação dos freqüentadores de um dos quadriláteros mais movimentados da região, na esquina com a Rua Aristides Espínola, a casa oferece diversas opções de pequenas porções de petiscos e drinques refrescantes.

ViaSete Leblon: Rua Ataulfo de Paiva, 1.240 – Leblon / 2529-2253
ViaSete Ipanema: Rua Garcia D´Ávila, 125 – Ipanema / 2512-8100
ViaSete Centro: Rua Sete de Setembro, 43 – Centro / 2221-8020

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fundo Samba no pé: solidariedade com o carnaval carioca

Sônia Araripe, Editora de Plurale em site e Plurale em revista
Nada mais justo e acertado do que a confirmação ontem à noite que não haverá mesmo rebaixamento no Carnaval 2011 do Rio. E as escolas penalizadas com o incêndio - a Grande Rio, a nossa União da Ilha e a querida Portela - não serão pontuadas, nem, portanto, julgadas.

A melhor notícia é que não houve um só ferido. Deus é brasileiro e, como não é ruim da cabeça, nem doente do pé, adora samba, com certeza. Vai ver, é Portela desde pequeno.

O que falta agora é conseguir recur$o$ para complementar o Carnaval destas escolas. Dinheiro forte para acabar carros alegóricos e fantasias destruídas pelo fogo. O Exmo Sr. Prefeito do Rio, Eduardo Paes, se apresssou em ir ao local do incêndio e anunciar que iria ainda esta semana reconstruir o espaço da Cidade do Samba e ainda iria "investir o que fosse preciso" para recuperar o Carnaval do Rio.

Alguém, sabiamente, deve ter lhe soprado ao ouvido que o caixa do Município, por mais reforçado que esteja (ainda mais que o IPTU começa a ser pago), e por mais que a causa seja justa (o Carnaval é a principal marca do turismo do Rio) há uma questão na frente. Devem os recursos públicos serem investidos a toque de caixa, em taxa de emergência, em situações como esta? E a Saúde, Educação...? Não são mais prioritária na escala de prioridades?

O Prefeito voltou atrás ainda ontem e anunciou à imprensa que iria procurar primeiro o setor privado. Claro! Se o setor privado é beneficiado com o Carnaval - geração de renda, empregos, mais turismo, giro nos restaurantes, hoteis, etc - não custa nada investir também na festa. Hoje, Eduardo Paes confirmou no twitter que ao menos três empresas já demonstraram interesse em bancar parte deste trabalho de recuperação nas escolas prejudicadas e que outras virão. Sem dúvida. Carnaval hoje é uma vitrine e tanto no mundo dos negócios. Quem não gostaria de aliar sua marca com este momento de recuperação, de fênix das escolas guerreiras?

Agora, só falta conclamar brasileiros e turistas (nacionais e internacionais) em geral, numa grande ação de solidariedade e marketing. Nossa humilde proposta é um fundo de investimentos a favor do carnaval do Rio, das escolas prejudicadas, da criação de uma brigada de incêndio séria e profissional na região da Cidade do Samba. Até com jovens que já trabalhem por ali e possam ganhar algum trocado a mais pela nova função.

A turma do marketing entraria junto. Quem depositasse no tal fundo ganharia uma camiseta, um botton, sei lá, uma lembrança do carnaval. Tudo profissional, com logo, etc. Parcerias poderiam ser feitas para espalhar a ideia nos hoteis, aeroportos, mídia, etc.

O fundo, que sugerimos ter o nome de #sambanope, poderia arrecadar fundos - sempre de forma voluntária, claro - e poderia ser gerido por uma entidade que estivesse ligada ao Carnaval, mas não diretamente. A Liesa já tem suas verbas e seus afazeres. A TurisRio e a Prefeitura idem. Mas quem sabe não possa ser alguma entidade que represente bem o samba/carnaval e experiência na gestão de recursos?

O importante é não perder o momento. O mesmo povo brasileiro solidário que abraçou os irmãos da Região Serrana, também podem, agora, abraçar a maior festa popular do planeta. O samba no pé colocaria o Carnaval do Rio de novo como era nos bons tempos: todos solidários e felizes.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Carnaval do samba no pé

Sônia Araripe
Editora de Plurale em revista e Plurale em site

Sem dúvida, muito triste o incêndio que atingiu a Cidade do Samba (leia mais no site) hoje pela manhã, no Rio de Janeiro. As perdas materiais foram incalculáveis, mas, felizmente, a melhor notícia é que não houve vítimas.

O horário do incêndio, bem cedo, ajudou. E os bombeiros agiram incansavelmente para debelar o fogo.

O que esperamos agora - como torcedores e amantes do Carnaval - é que a Liesa, a Prefeitura do Rio e todos os envolvidos - consigam chegar a um bom termo de conciliação. Porque o Carnaval tem que sair. Não mais com aquela disputa ferrenha e de olho nos recur$o$, apenas no chamado vil metal.

Mas que fique a esperança que tudo isso sirva para trazer o Carnaval, dos bons tempos, de volta como alegria do povo, do samba no pé, do dia de unir a todos, ricos e pobres, de diferentes etnias, todos embalados pela folia.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A maior orquídea do mundo


Brasília (01/02/2011) - Exibindo porte arbustivo e flores majestosas exalando suave perfume, está florido, no Orquidário Nacional do Ibama/Projeto Orquídeas do Brasil, o Grammatophyllum speciosum, orquídea nativa da Malásia e portadora do título "A maior orquídea do mundo". Com 2,5m de altura, a planta torna-se mais grandiosa e fascinante por causa de suas 19 hastes florais que atingem três metros, parecendo, em seu conjunto de mais de 400 flores, coroar a planta como uma rainha no exílio brasileiro.

A pequena notável, bem cultivada a pleno sol, desenvolveu-se e adaptou-se aos rigores climáticos do Planalto Central e, ao fim de cinco anos, atingiu a maturidade e a tão esperada floração, nunca imaginada tão esplendorosa.

Aproveitando o momento propício, apressei-me em pôr em prática meu conhecimento genético e realizei o cruzamento entre a espécie asiática o Grammatophyllum speciosum e uma espécie brasileira do cerrado o Cyrtopodium brandonianum, dando o sinal de partida para o nascimento futuro de uma nova criatura híbrida, um Grammatopodium, cujo nome de batismo ainda não foi escolhido.

A magnífica planta me foi doada, ainda pequena, pelo famoso orquidófilo pernambucano Odilon Cunha, colaborador do Orquidário Nacional do Ibama/Projeto Orquídeas do Brasil e proprietário de uma riquíssima coleção de orquídeas, que inclui espécies de todo o planeta.

A orquídea pode ser vista na frente do Orquidário Nacional do Ibama/Projeto Orquídeas do Brasil (SCEN Trecho 02, Ibama Ed Sede, Orquidário, Brasília/DF). As flores são de longa duração e podem ser contempladas até a semana que vem. Em anexo ou no site do Ibama (www.ibama.gov.br), foto da orquídea.

Lou Menezes
Orquidário Nacional do Ibama/Projeto Orquídeas do Brasil