sexta-feira, 27 de março de 2009

Hora do Planeta


27/03/09

Sônia Araripe

Estamos todos combinado, não é?

Vamos desligar as luzes da sala neste sábado, dia 28 de março, das 20h30 até às 21h 30 aderindo ao protesto "Hora do Planeta", da WWF em todo o mundo para chamar a atenção para o aquecimento global.

Leia em Plurale, que apoia a causa, todos os detalhes.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Planeta água







Em homenagem ao Dia Mundial da água postamos aqui o sempre atual Guilherme Arantes, com a inesquecível interpretação de "Planeta Água".

Um bálsamo.

Ecos da Mata em maio



23/03/09

Do SOS Mata Atlântica, de São Paulo

Entre os dias 22 e 24 de maio, das 09h às 18h, a Fundação SOS Mata Atlântica realiza a quinta edição do Viva a Mata - mostra de iniciativas e projetos em prol da Mata Atlântica, aberto ao público em geral no Parque Ibirapuera, em São Paulo. O evento, que tem patrocínio do banco Bradesco e apoio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), conta com uma ampla programação gratuita: palestras, debates, exposições de ONGs que atuam em diversas regiões com projetos pela conservação da Mata Atlântica, estandes temáticos, oficinas, peças de teatro, maquetes interativas, atividades com voluntários, entre outras manifestações artísticas. Não perca!

Os principais objetivos do Viva a Mata são comemorar o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio), promover a troca de informações e experiências entre os que lutam pela conservação deste Bioma, realimentar o movimento ambientalista, e informar e conscientizar a sociedade. Na edição passada, o evento reuniu mais de 75 mil pessoas, interessadas em saber o que está sendo feito no País pelo Bioma, além de aprender a melhorar sua relação com o meio ambiente.

Neste ano, o cenário será idealizado por Nido Campolongo, que tem em sua proposta a utilização de tubos de papelão reutilizados não só para a montagem dos estandes, mas também para uma oca, onde vão acontecer as palestras.

Mais informações pelo e-mail comunicacao@sosma.org.br, pelo site www.sosma.org.br ou pelo telefone (11) 3055-7888. Mais de 150 mil pessoas estiveram presentes nas duas últimas edições. Seja mais uma delas.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Plurale na Hora do Blush


09/03/09

Sônia Araripe

Quem ainda não conhece o fantástico programa de Isabel Saes e Luiza Sarmento, A Hora do Blush, na Paradiso FM, não sabe o que está perdendo!

Bem humorado, para cima, informativo, com serviço e muito humor. Genial! De segunda a sexta, das 17h às 19h.

Nossa Bel Capaverde, divulgadora das boas, mandou alguns exemplares de Plurale para a dupla do barulho.

E elas amaaaaaaaram Plurale! Comentaram hoje, ao vivo, sobre nosso projeto.

Queridas, super obrigada! Também estamos aqui postando nosso apreço pelo programa de vocês.

Obrigada! bjs

sexta-feira, 6 de março de 2009

Nova edição de Plurale


06/03/09

Já está circulando a nova edição de Plurale, número 10.

Quem quiser pode conferir também na versão digital. Uma novidade para democratizar e ampliar este debate essencial da Sustentabilidade.

Há várias matérias interessantes (ih, somos suspeitos para falar...) neste número.

O crescimento do mercado de produtos orgânicos é apresentado por Isabel Capaverde em reportagem completa, com belas fotos. Saiba mais também sobre a comida viva com Kashi, nossa guru de Visconde de Mauá. Nicia Ribas mostra o dedicado trabalho do Instituto da Criança, no Rio, dedicado a profissionalização de jovens. Já o jornalista Romildo Guerrante denuncia a ameaça a verdadeiro santuário de espécies - como garças e peixes - em linda região na Barra do Rio Pomba, próxima de Itaocara (RJ).

Confira ainda o emocionante perfil de Luiz Carlos da Costa, civil, funcionário dedicado da ONU que está trabalhando pela paz e reconstrução do Haiti junto a militares e ONGs como a Viva Rio. E aprecie a exuberância natural das bromélias clicadas pela pesquiadora Nara Vasconcellos, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Esta edição também marca a estreia dos colunistas fixos de Plurale, um seleto time de especialistas em Sustentabilidade que se revezam, no site e na revista, debatendo temas atuais. Neste número estão artigos de Antoninho Marmo Trevisan, Bernadete Almeida, Orlando Lima e Rufolf Höhn.

Vários outros artigos também estão disponíveis diariamente no caderno colunistas de Plurale em site.

Patativa de Assaré


06/03/09

O Brasil não conhece o Brasil, já diziam os poetas Aldir Blanc e Maurício Tapajós na linda música "Querelas do Brasil" na voz da genial Elis.

Sem dúvida! E artistas natos e fantásticos como Patativa do Assaré ficam meio esquecidos.... Faria agora 100 anos. O Globo Rural foi lá na cidade dele, Assaré,no agreste do Ceará, e gravou um especial lindo esta semana.

Pena que passa muito cedo e poucos viram. Dá prá puxar pela internet.

Para quem não conhece ou sente saudades, aí vai um dos poemas do mestre da literatura de cordel. Maria Lúcia, querida, este é para você, com carinho.


Aos Poetas Clássicos

Poetas niversitário,
Poetas de Cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia;
Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença,
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
De um poeta camponês.

Eu nasci aqui no mato,
Vivi sempre a trabaiá,
Neste meu pobre recato,
Eu não pude estudá.
No verdô de minha idade,
Só tive a felicidade
De dá um pequeno insaio
In dois livro do iscritô,
O famoso professô
Filisberto de Carvaio.

No premêro livro havia
Belas figuras na capa,
E no começo se lia:
A pá — O dedo do Papa,
Papa, pia, dedo, dado,
Pua, o pote de melado,
Dá-me o dado, a fera é má
E tantas coisa bonita,
Qui o meu coração parpita
Quando eu pego a rescordá.

Foi os livro de valô
Mais maió que vi no mundo,
Apenas daquele autô
Li o premêro e o segundo;
Mas, porém, esta leitura,
Me tirô da treva escura,
Mostrando o caminho certo,
Bastante me protegeu;
Eu juro que Jesus deu
Sarvação a Filisberto.

Depois que os dois livro eu li,
Fiquei me sintindo bem,
E ôtras coisinha aprendi
Sem tê lição de ninguém.
Na minha pobre linguage,
A minha lira servage
Canto o que minha arma sente
E o meu coração incerra,
As coisa de minha terra
E a vida de minha gente.

Poeta niversitaro,
Poeta de cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia,
Tarvez este meu livrinho
Não vá recebê carinho,
Nem lugio e nem istima,
Mas garanto sê fié
E não istruí papé
Com poesia sem rima.

Cheio de rima e sintindo
Quero iscrevê meu volume,
Pra não ficá parecido
Com a fulô sem perfume;
A poesia sem rima,
Bastante me disanima
E alegria não me dá;
Não tem sabô a leitura,
Parece uma noite iscura
Sem istrela e sem luá.

Se um dotô me perguntá
Se o verso sem rima presta,
Calado eu não vou ficá,
A minha resposta é esta:
— Sem a rima, a poesia
Perde arguma simpatia
E uma parte do primô;
Não merece munta parma,
É como o corpo sem arma
E o coração sem amô.

Meu caro amigo poeta,
Qui faz poesia branca,
Não me chame de pateta
Por esta opinião franca.
Nasci entre a natureza,
Sempre adorando as beleza
Das obra do Criadô,
Uvindo o vento na serva
E vendo no campo a reva
Pintadinha de fulô.

Sou um caboco rocêro,
Sem letra e sem istrução;
O meu verso tem o chêro
Da poêra do sertão;
Vivo nesta solidade
Bem destante da cidade
Onde a ciença guverna.
Tudo meu é naturá,
Não sou capaz de gostá
Da poesia moderna.

Dêste jeito Deus me quis
E assim eu me sinto bem;
Me considero feliz
Sem nunca invejá quem tem
Profundo conhecimento.
Ou ligêro como o vento
Ou divagá como a lêsma,
Tudo sofre a mesma prova,
Vai batê na fria cova;
Esta vida é sempre a mesma.