segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tênis para todos


Sônia Araripe
Editora de Plurale em site e Plurale em revista


Fotos: João Pires/Fotojump/Divulgação
Legenda: O tenista Fernando Roese ministra clínica a dez jovens do Projeto Social Tênis na Lagoa, coordenado por Alexandre Borges (de boné, segurando a raquete)


Os olhos dos jovens brilhavam diante dos ídolos. Mesmo que de diferentes gerações, um aprendiz sabe quando encontra um "mestre". Foi assim, cercado de muita emoção, que 20 meninos de comunidades carentes do Rio se encontraram com craques eternos do tênis brasileiro no último fim de semana, durante o evento Itaú Masters Tour, no Clube Caiçaras.

"Ele é alto, não é?", comentava um dos meninos do Projeto Tênis na Lagoa, ao se deparar com Thomas Koch. O campeão não se fez de rogado. Tirou fotos, deu autógrafos e atenção para os meninos. Foi assim também com outros medalhistas do Pan que participavam do campeonato de Masters.

Alexandre Borges, coordenador do Projeto Tênis na Lagoa, contava à Plurale, bastante emocionado, que em outubro próximo serão quatro anos de realizações. "A gente tem recebido muito mais do que dado para estes jovens", disse. Hoje, 75 crianças de diferentes comunidades - Cruzada São Sebastião, Rocinha, Vidigal, Parque da Cidade e Ladeira dos Tabajaras - participam das aulas. O tenista Fernando Roese ministra clínica a dez jovens do Projeto.

Alguns têm tanto talento que já estão jogando nas quadras e fazendo sucesso. Como Rafael Rodrigues, morador da Rocinha, que, com a ajuda do programa de Luciano Hulk, foi até Florianópolis jogar com o ídolo Guga Küerten e uma semana de clínica, orientado por ninguém menos que Larri Passos, ex-técnico do Guga.

Se você joga tênis e tem material (tênis, roupas, mochilas, etc) para doar, faça contato com o Projeto Tênis na Lagoa através do email alexandreborges@projetotenisnalagoa.com.br ou pelo celular (21) 9115 2610

Masters - O torneio Itaú Masters reuniu alguns dos principais ídolos do tênis brasileiro. Esta foi a primeira vez que o Itaú patrocina este evento de Masters. "Acreditamos no poder do tênis não só como marketing de relacionamento, mas, principalmente como um grande esporte de integração", disse Fernando Chacon, diretor-executivo de Marketing do Itaú Unibanco. Ele sabe do que fala: é um tenista amador dedicadíssimo, assim como vários outros executivos do grupo.

O circuito é uma realização da Try Sports, com o patrocínio do Banco Itaú, co-patrocínio de Petrobras e Governo Federal - Brasil, País Rico é País sem Pobreza -, HP Impressoras e Multifuncionais e Asics - a marca esportiva oficial do circuito - e o apoio do BandSports, Revista Tennis View e Try Floor Pisos Esportivos. A segunda etapa teve apoio do Clube dos Caiçaras e pelos Hotéis MarinaSaiba mais no blog Break Point Brasil.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Músculos, força e coração


Sônia Araripe
Editora de Plurale em revista e Plurale em site


A noite agradável convidava para a conversa entre amigos. Foi assim, em clima bem descontraído, que aconteceu coquetel em torno dos atletas da poderosa UFC, a liga dos fortões de luta dos Estados Unidos, que reúne também vários brasileiros.

Organizado pela Textual Comunicação, com Carina Almeida à frente, o evento reuniu jornalistas esportivos e gente simpática. Os atletas e seus "cartolas", digamos assim, chegaram por volta de 22h, nesta quinta-feira, no Leblon. Queimados de sol, simpáticos e bem comunicativos. A Textual, com longa trajetória em esportes, está cuidando da parte de imprensa do megaevento da UFC.

Quem disse que é só músculo e brigas? Que nada! A turma é agradável mesmo.

Nem UFC, e muito menos luta, são nossas especialidades, claro. Mas bem ficamos satisfeitos ao saber que os fortões, além de músculos,força e muitos cifrões no banco, também têm coração. Conheceram o Rio e quiseram saber mais sobre a experiência das UPPs em comunidades. Sabem das grandes desigualdades sociais e pensam em como ter algum programa/parceria para ajudar os jovens destas comunidades carentes.

O CEO da UFC, Danna White, o porta-voz que sempre fala, não foi, concentrado, é claro, para o superevento de hoje à noite, na Barra da Tijuca. Mas o todo-poderoso Lorenzo Fertitta, chairman da empresa, estava lá, prestigiando o encontro com jornalistas.

Simpático que só, contou que está adorando o Brasil e o Rio. Ficou surpreso com a calorosa recepção do público brasileiro, formado, principalmente por jovens. E não só rapazes. Mas também moças. "As mulheres gostam muito de acompanhar a UFC. E as brasileiras são super ativas nas redes sociais, como facebook e twitter", contou Lorenzo.

O coquetel foi todo em ritmo verde-e-amarelo, no tom certo. Comidinhas só as lights e bem brasileirinhas, como mini-tapiocas com queijo coalho e carambola cortada em estrelas com queijinho por cima. Deu água na boca? O DJ tb caprichou nas carrapetas, em ritmo bossa nova e uma mesa de barman com caipirinhas de várias frutas encantou os convidados estrangeiros.

Para quem tinha, é verdade, pré-conceito (justamente por não conhecer de perto), foi surpreendente mudar de opinião e precisar admitir: por trás daqueles músculos também batem corações.

Que firmem mesmo compromisso com os jovens de comunidades do Brasil. A força interior, muito mais do que a dos ringues, esta sim, move montanhas.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Centenário de Araripe Jr.


Sônia Araripe
Editora de Plurale em site

Foi um cair de tarde muito agradável na Academia Brasileira de Letras, no último dia 11 de agosto, em homenagem ao centenário de morte do ilustre antepassado Araripe Jr.

O primo Oscar Araripe, jornalista e pintor, fez uma apresentação belíssima sobre o crítico e ensaísta, que era afilhado de José de Alencar.

O acadêmico Sérgio Rouanett falou sobre a intrincada relação de amizade entre Araripe Jr e Machado de Assis.

Oscar apresentou os detalhes do romance "Miss Kate", de Araripe Jr.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Gastança verde-e-amarela



Brasileiros fazem a farra em compras na Flórida

Texto e fotos: Sônia Araripe*

Originalmente publicado na revista virtual Balaio de Notícias

Fotos: Parada no Magic Kingdom e Entrada do Parque Harry Potter, na Universal


Viajar em julho último para Orlando, na Flórida, pode ser comparado com uma aventura pela “selva” urbana. Voos lotados, adolescentes berrando por todo lado, engarrafamento de gente, shopping lotados e o que é mais marcante: português parece ser a língua mais falada por estas bandas. Competindo até com o inglês nativo.

Claro, alguém poderá sempre argumentar que Flórida não é, exatamente, os Estados Unidos, com toda aquela multidão de turistas de diferentes recantos deste globo. E que com o dólar “barato” para brasileiros não poderia se imaginar outro cenário que não fosse mesmo um “mar” de turistas correndo para abraçar o Mickey Mouse e encher as malas de “gadgets”. A corrida por passaportes e vistos nos Consulados Americanos eram só uma prévia do que estaria por vir.

O que as estatísticas do Banco Central, em Brasília, ainda não registraram é o tamanho – e, principalmente, o custo – desta farra em moeda estrangeira. Enquanto os norte-americanos se assustavam com a possibilidade real do governo Barack Obama precisar decretar o calote oficial da economia, visitantes de um certo país do Terceiro Mundo, quem diriam, fizeram, literalmente, a “festa”. Algo muito parecido com a volúpia do “último baile da Ilha Fiscal” ou com um frenesi, como se não houvesse amanhã, o planeta fosse desaparecer no próximo looping da montanha-russa e precisássemos todos consumir desenfreadamente.

Se os americanos estão consumindo menos, afetados pelo desemprego e crise verdadeira, que certamente terá repercussões globais, inclusive neste país abençoado por Deus, os brasileiros estão dando uma “mãozinha” para a economia do Tio Sam. Também os europeus: como o euro está mais valorizado do que o dólar, famílias francesas, inglesas e alemãs também estão invadindo Orlando. Se uma simples – mas essencial - água mineral custa US$ 3 para nós, súditos brasileiros do Rei Mickey, para um francês custa a metade. Barato, muito barato.

Como os números oficiais ainda não foram divulgados oficialmente, procuramos medir alguns sinais claros desta gastança verde-e-amarela. Um ótimo termômetro desta grande frequência de brasileiros em Orlando em julho pode ser definida pela expressão do vendedor da loja da Apple do Shopping Florida Mall. Num misto de satisfação e cansaço, o jovem já não conseguia mais explicar que o estoque de Ipad estava no fim. Só tinha o modelo preto, nada mais do branco e apenas algumas unidades. Se acabasse, apenas no dia seguinte.

-Tem sido assim. Nunca vi tanto brasileiro junto querendo o mesmo produto – brincou, simpático, o jovem vendedor.

Ipad 2.0 por menos de US$ 500 é apenas um objeto de desejo dos jovens – e também marmanjos – brasileiros. Assim como netbooks na faixa de US$ 300, celulares 4G, uma infinidade de aparelhos eletrônicos e todo tipo de quinquilharia. Completados por lista extensa que inclui maquiagem, tênis, material esportivo, bolsas femininas de grife e roupas de todo tipo.

- Estou comprando muito mesmo. Estou feliz porque estou achando o meu manequim certinho. Aqui está baratíssimo e meu marido liberou – resumia a turista carioca de cerca de 50 anos, bem aparentada, mas alguns quilos acima do peso ideal, da tradicional Tijuca (Zona Norte carioca), agarrada a vários modelos diferentes de roupas e bolsas da marca Calvin Klein.

Não era a única compradora brasileira por estas bandas. Nos Outlets da rede Premium (são dois) uma horda de turistas de diferentes pontos de Norte a Sul do Brasil literalmente atacava as “araras” de roupas e acessórios. Na loja Coach, de bolsas femininas, muitos modelos já tinham se esgotado. Vendedores brasileiros foram contratados às pressas para dar conta do recado. “Provador is here?”, perguntava a turista pernambucana, misturando português e inglês para uma surpresa fiscal de provador na loja Lewi`s. Depois de rir baixinho, ajudei a viabilizar o diálogo das duas, diante do risco da pernambucana acabar provando a calça ali mesmo na frente de todos.

Foram cenas como esta por todo lado. Famílias inteiras comprando adoidado. Adolescentes em grupos de 100 a 200 se atracando com vários modelos de tênis, bichos de pelúcia, eletrônicos e o que mais o cartão dado pelo pai pudesse pagar. Nos corredores da super loja Target – uma espécie de hipermercado misturado com uma mega Lojas Americanas – era fácil descobrir quem era brasileiro. A maioria tinha o carrinho cheio e vários podiam ser encontrados no corredor das malas de viagem, selecionando a mais barata para “agasalhar” as comprinhas que já não cabiam nas malas vindas do Brasil.

O voo de volta foi outro ótimo termômetro. Havia tanta bagagem, tanta bagagem, que os bichos de pelúcia precisavam vir no colo. Agora, durma quem puder com a companhia nada confortável de uma Minie gigante a tiracolo. Que tal?

Claro, os parques da Disney e da Universal não são exatamente os Estados Unidos. Tudo bem. Mas servem como um bom recorte, não há dúvida. Apesar do clima de preocupação da maioria dos locais, foi interessante ver também um “baby-boom” com a nova geração já crescendo com bochechas rosadas ou ainda na barriga, a caminho. Outro dado interessante: a miscigenação em curso de raças e etnias. Brancos (as) e negros (as) vivendo e tendo filhos com orientais, árabes, hispânicos etc. Não é possível concluir nada, mas é animador ver que num país ainda tão ferido pelo racismo e intolerâncias religiosas e raciais, alguns parecem estar deixando de lado falsos temores e aceitando as diferenças.

Entre uma fila e outra, enquanto o sol baixava e a juventude brasileira entrava na montanha-russa, bom mesmo foi conversar com a jovem Terry, do Mississipi, estudante negra e muito simpática que está estagiando no parque Hollywood Studios, da Disney. Com a curiosidade típica dos jovens, arriscou puxar papo. Queria saber de que país éramos. A pausa era perfeita para a conversa “de mineiros”.

- Brasil? Que lindo! Adoraria conhecer!– revelou.

E, mais do que rápida, completou seu raciocínio. Contou que não conhecia quase nada deste país tropical, abençoado por natureza. Mas o pouco que sabia era que era maravilhoso, com praias lindas, muita gente bonita e simpática. E disparou:

- É verdade? Se é, porque todos estão aqui? Meu sonho era ir pro país de vocês – emendou.

Vai responder, vai responder. Dei um sorriso, apertei o passo e corri para a próxima fila. Explicar como?

***

Dicas preciosas para quem vai a Orlando

- A menos que seja um adolescente em excursão, fuja sempre do movimento em julho, dezembro e janeiro. Prefira períodos menos concorridos, como março, abril ou setembro e outubro;

- Programe vistos, passagens e reservas com calma para não correr o risco de nem viajar diante de tanta procura;

- Reserve ao menos sete dias, mas se puder, fique um pouco mais e curta tudo com calma. O ideal, na nossa opinião, são de 12 a 15 dias;

- Pesquise sempre os preços pelos sites e jornais. Há uma infinidade de roteiros, serviços a diferentes custos. Escolha o que melhor se adapta ao seu bolso;

- Há alguns sites especializados em dicas de Orlando. O melhor, na nossa opinião, claro, é o Viajando para Orlando, principalmente a coluna Mais Magia, de Vivian e Cris;

- O clima é de deserto. Faz muuuuuito calor no verão e frio minuano, como dizem os gaúchos, com vento, no inverno. É sempre recomendado se informar sobre o tempo antes de viajar. Na dúvida, compre logo um ventilador com água no verão (todos os parques vendem) ou um bom casaco com capuz se for na época mais fria;

- Guarda-chuva e capa são indispensáveis. Costuma chover bastante e a capa é ótima também para os brinquedos que molham;

- Se possível, alugue um carro ao menos alguns dias. Facilitam a locomoção, principalmente para restaurantes e compras. Peça um GPS que “fale” português ;

- Os parques aquáticos são bárbaros, mas só abrem em alguns meses. Pesquise antes. O nosso favorito é o Aquática, da Universal;

- Guarde sempre dinheiro e documentos no hotel. Uma boa dica é o cartão pré-pago que vários bancos estão vendendo no Brasil. Evitam o cartão de crédito estourar e também não paga IOF. Detalhe: algumas lojas não aceitam. Leve também um cartão de crédito tradicional e dinheiro vivo para miudezas;

- No capítulo compras, prefira os Outlets da Premium (são dois), mas se prepare para comprar o que tiver e não o que você sonhou. No Florida Mall há marcas com preços maiores, mas, mesmo assim, também em conta. Outro shopping é o Mall at Milennia, quase sem brasileiros, mas bem mais caro;

- Lembrancinhas podem ser encontradas bem em conta no Wal-mart e no Super Target;

- E, finalmente, compre APENAS o que realmente precisa. Faça uma lista bem minuciosa antes de sair do Brasil. O planeta e seu bolso, penhorados, agradecem.

*Jornalista, é Editora de Plurale em revista e Plurale em site, com foco em Sustentabilidade. Mãe de três filhos adolescente, esta foi a terceira vez que viaja de férias a Orlando. Esta viagem relatada ocorreu no fim de julho de 2011. E-mail: soniaararipe@plurale.com.br

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Esculturas Urbanas

Ministério da Cultura, Tetra Pak e Praça Victor Civita convidam para a exposição Esculturas Urbanas:

IBEF premia empresas sustentáveis

Por Isabel Capaverde, de Plurale em site
Fotos de Luciana Tancredo/ Plurale


Em almoço realizado na sede do Centro do Jockey Club Brasileiro, no Rio, o IBEF – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças certificou e premiou na última quarta-feira, 27 de julho, empresas focadas na sustentabilidade. Eram 15 finalistas em cinco categorias, sendo que Plurale estava entre elas, concorrendo na categoria Gestão. Apresentada pela jornalista Renata Vasconcelos, a cerimônia de premiação teve início com um clipe da música Heal The World de Michael Jackson, para em seguida passar a entrega do troféu Ecosofia - escultura que sintetiza esteticamente a cultura da sustentabilidade e a capacidade de um sistema de se regenerar - aos cinco vencedores.



O Prêmio IBEF de Sustentabilidade 2011 teve como patrocinadoras empresas cujas administrações estão voltadas para a sustentabilidade – Valle, Deloitte, Usiminas e Cemig. O primeiro envelope a ser aberto pela apresentadora foi o da categoria Estrutura da Operação, ganha pela Bandeira Pão de Açúcar e sua Loja Verde. Em seguida foi a vez da categoria Administração de Conflitos e quem levou o troféu foi a CBV – Confederação Brasileira de Vôlei. Seu presidente Ary Graça, brincou dizendo que o vôlei brasileiro permanecerá no pódio nos próximos 15 anos.



Na categoria seguinte, Governança Corporativa, o vencedor foi o CPFL Energia. O próximo envelope a ser aberto foi o da categoria Gestão, onde Plurale era uma das finalistas. Representando a revista e site lá estavam Carlos Franco, editor e sócio (a frente do projeto junto com Sonia Araripe, em viagem de férias), a repórter Isabel Capaverde e a fotógrafa Luciana Tancredo. Apesar da torcida, o prêmio ficou merecidamente com a Previ – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil. Ser reconhecida, estar nesse time de finalistas e receber o certificado, que foi entregue a Carlos Franco, já deixou a equipe Plurale muito orgulhosa.



E para finalizar a cerimônia, na categoria Valorização, o Canal Futura foi o premiado, por estar totalmente voltado para a educação tendo financiamento privado.