Sônia Araripe
Editora Plurale em site
Nos conhecemos há muitos anos. Já nem me lembro quando foi exatamente. Estava na faculdade, ela já era catedrática, jornalista, escritora, militante política, deputada por seis mandatos. Sempre que precisei ouvi-la para matérias esteve disponível e foi voz ativa de quem normalmente não tem voz. Heloneida Studart - que faleceu aos 75 anos - lutou principalmente pelas mulheres.
É dela, por exemplo, o projeto que dá às mulheres carentes os mesmos direitos das mais abastadas de poder fazer o exame do DNA e confirmar a paternidade de seus filhos. Ajudou, na Constituinte, na aprovação do projeto que assegurou a licença-maternidade de 120 dias.
Heloneida foi guerreira.
O velho chavão do deixa um vazio, deixa saudades não consegue resumir sua importância para o debate plural.
Ela deixou sementes nesta terra que florescem hoje. Como a Lei Maria da Penha. E tantas outras que virão. Descansa em paz, Heloneida. Sua luta continua.
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