terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Jantar beneficiente

Governo do Estado de Mato Grosso e ONGs promovem jantar com o tema “Avanços no plano permanente de redução de emissões na Amazônia”

Evento visa promover as inovações no setor agrícola de Mato Grosso

A The Nature Conservancy, o Governo do Estado de Mato Grosso e o Instituto Ação Verde promovem na quarta feira, dia 12/12, em Bali, Indonésia, durante a 13a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, jantar em que será discutido o tema 'Avanços no plano permanente de redução de emissões na Amazônia: inovações no setor agrícola do Estado de Mato Grosso, Brasil'. Na ocasião, será lançado o Projeto Soja Mais Verde, uma estratégia setorial para assegurar a conformidade ambiental do setor de soja em MT. A iniciativa é da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso - APOSOJA, da Secretaria do Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso - SEMA e da TNC. Na ocasião, estarão presentes como oradores Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente do Brasil, e Blairo Maggi, Governador do Estado de Mato Grosso.

Nesta oportunidade serão demonstrados os avanços relacionados ao sistema de controle e transparência para o cumprimento da legislação brasileira referente à manutenção das áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente, desenvolvidos pelo governo estadual. Também serão apresentadas as ferramentas e abordagens desenvolvidas pela TNC para o mapeamento das reservas legais, bem como um plano para a conservação em terras que possuem remanescentes de floresta e cerrado, visando o planejamento de paisagem que contribua para a conservação da biodiversidade e, ao mesmo tempo, garanta a sustentabilidade da produção agrícola em áreas aptas e consolidadas.
O projeto prevê o georreferenciamento das propriedades para o cálculo de reservas legais, o que levará a uma análise detalhada da situação ambiental dos municípios produtores de soja; a partir desta análise, serão desenvolvidos acordos de compensação entre os produtores e será implementado um sistema de monitoramento ambiental, além da recuperação de mais de 50 mil hectares de áreas de preservação permanente. O projeto irá atuar, ainda, nas boas práticas agrícolas, no uso adequado de defensivos agrícolas e na valorização das ações de conservação dos recursos naturais promovidas pelos proprietários rurais, reduzindo assim o impacto ambiental decorrente da atividade produtiva.

Os resultados esperados pelo projeto incluem o cálculo dos passivos de reservas legais e áreas de preservação permanente com imagens de satélite de alta resolução, mapeamento das bacias hidrográficas e possíveis áreas para a compensação de reserva legal, bem como os mecanismos de mercado para esta compensação em áreas potenciais em um melhor arranjo de paisagem.

O projeto estima quatro anos de execução para promover a análise e o licenciamento ambiental das propriedades rurais; a expectativa é que mais de 3500 produtores sejam beneficiados, além de potencializar a conservação de mais de dois milhões de hectares associados às propriedades licenciadas, mobilizar outros setores e a cadeia de negócios.
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