quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Guia gay



Guia mostra segredos e curiosidades do mundo gay, reunindo os melhores bares, restaurantes, casas noturnas e roteiros de lojas

De São Paulo

Uma das maiores indústrias de entretenimento para o público GLS da América Latina está em São Paulo. Sozinha, a cidade recebeu, na última “Parada”, cerca de 3,5 milhões de pessoas (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) que, de uma forma geral, procuravam bares, boates, saunas, cinemas, festas e circuitos alternativos na cidade.

Para desvendar alguns segredos desse mundo, a Publifolha acaba de lançar o Guia GLS – São Paulo, escrito pelo jornalista Sérgio Ripardo. Nele estão relacionados locais (como pontos turísticos, hotéis, restaurantes, bares e clubes) e sugestões úteis ao visitante disposto a decifrar a cidade de forma rápida, aproveitando ao máximo suas opções.

Os capítulos apresentam o calendário turístico da cidade, mês a mês, os passeios e programas culturais mais interessantes, os clubes noturnos mais badalados, as melhores ruas para compras, os restaurantes e bares mais amigáveis, uma seleção de hospedagens, os serviços de segurança e transporte, além de uma lista de expressões e gírias para entender melhor os códigos da cultura gay e suas principais tribos.

Sérgio Ripardo, que escreve sobre a temática gay desde maio de 2005, explica que em São Paulo é cada vez maior a lista de instituições, empresas e estabelecimentos antenados com a necessidade de garantir uma convivência pacífica, tolerante e agradável de seus públicos, independentemente de suas orientações sexuais. “Isso não aconteceu por acaso. Desde 1997, uma vez por ano, a cidade realiza uma expressiva manifestação pró-diversidade. Mais de 30% dos seus milhões de participantes se declaram heterossexuais. A “Parada” é a maior do mundo desde 2004 e se firmou como evento turístico relevante ao município e ao comércio.”

Além de guia, com dicas de passeios, programas culturais, compras, gastronomia, hospedagem, noite e transporte, destacando inclusive opções de cada região da cidade, o Guia GLS – São Paulo pode ser usado como fonte de informação sobre o público gay.

O segmento do sexo, por exemplo, chega a funcionar em regime 24h, como algumas saunas e cinemas de sexo, com atividade mais intensa nas vésperas de feriado, quando a cidade recebe maior número de turistas, além de moradores da Grande São Paulo e do interior. Antes vivendo na penumbra e em círculos restritos, algumas saunas e clubes de sexo começaram a se apresentar, criando sites e divulgando suas localizações – muitas em bairros nobres, de perfil discreto, como Higienópolis, Perdizes, Aclimação, Vila Mariana e Brooklin.

Sérgio Ripardo diz que durante o levantamento dos dados, os proprietários dos estabelecimentos procurados se mostraram, em sua maioria, muito receptivos à proposta do guia de indicar lugares onde não se discrimina tratamento, onde o público GLS é bem-vindo, sem riscos de sofrer preconceito, censura ou deboche. “Mas houve também alguns casos (poucos) de quem pediu para ficar de fora, alegando principalmente ‘medo de mal-entendidos e de rótulos’.”

Guia GLS - São Paulo
Autor: Sérgio Ripardo
Editora: Publifolha
136 páginas
R$ 34,90

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