terça-feira, 21 de outubro de 2008

Franciscano


Sônia Araripe e Carlos Franco


Convivemos ao longo de nossa trajetória profissional de tantos anos com várias fontes. Diversas. Em todos os sentidos. De diferentes matizes, de diversidade ideológica, de perfis distintos.
Algumas marcam. Para sempre. Dr Arthur Sendas foi um exemplo. Sóbrio, discreto, franciscano. Sempre muito acessível e solícito. Um legítimo franciscano. Lembro-me bem de sua posse na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Prestigiadíssima. E ele ali. Tranqüilo, discreto.

Agradecia, em todos os seus discursos, a Deus, São Judas Tadeu e Nossa Senhora da Rosa Mística. Soube perceber quando o segmento impunha mudanças e vendeu parte do controle do grupo para o Pão de Açúcar. Continuou trabalhando. Era um patrão do tipo que não se vê mais hoje.

Próximo dos funcionários, dos jornalistas, do povo: voz baixa, sempre pronto para ajudar. Apoiar. Era o "Seu Arthur" para os milhares de funcionários. Ninguém merece, mas ele, especialmente, não merecia ser vítima desta tragédia. Sua biografia tem, na nossa visão, um fim muito mais poético.
Fica aqui, nossa humilde e sincera homenagem.

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