quarta-feira, 30 de junho de 2010

A opinião do vice da Marina


Vale conferir hoje a entrevista no Valor Econômico de Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, hoje vice na chapa de Marina Silva à Presidência da República.

Para quem não o conhece, Guilherme Leal é um empresário de sucesso, sempre muito discreto e um interlocutor permanente na defesa da Sustentabilidade e do Crescimento Sustentado.

Ele voltou a criticar a falta de transparência do BNDES, como o fez, recentemente, em uma outra entrevista, também no Valor.

Algumas das afirmações dele nesta entrevista:

"Temos limitação na sustentação do crescimento de longo prazo a taxas mais vigorosas por uma baixa capacidade de investimento. de apenas 1,5% do PIB. Temos uma baixa taxa de poupança interna que se deve à apropriação muito grande pelo Estado, pela alta carga tributária. E sabemos que poucos países dependentes apenas de capital externo tiveram crescimento de médio e longo prazos sustentados. Temos que reduzir gastos. Crescer gasto público a taxa menor que o PIB abriria espaço para a redução dos juros, o que ajudaria a aumentar o investimento privado e a diminuir a pressão sobre câmbio. Agora, pisar no acelerador no gasto público e no freio na política monetária tem consequências sobre a dívida interna e o custo do investimento. Essa é a situação hoje. Tem que ter uma política fiscal mais inteligente, buscar eficiência no gasto para não ter uma política monetária restritiva."

"O BNDES deve ajudar a indústria nacional, o setor produtivo nacional precisa ser fortalecido para ser competitivo. O país não pode se desenvolver se não tiver acesso a fontes de financiamento de longo prazo. Agora, se deve ser subsidiado sem conhecimento, com uso de recursos públicos sem transparência, aí já tenho dúvidas. Sou a favor de uma indústria brasileira forte. Agora, a existência de subsídios para serem alocados ao setor X, Y ou Z sem transparência, acho que a sociedade deve decidir."

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Entrevista de Aldo Rebelo


O Correio Braziliense, sempre atuante, em boa reportagem do colega Vinícius Sassine, traz hoje entrevista longa com o Deputado Federal Aldo Rebelo (PCdoB/ SP), relator do Novo Código Florestal Brasileiro.

Vale conferir a matéria.

Algumas das citações de Rebelo:

"A clareza impedirá que amanhã alguém, com base em qualquer ambiguidade de redação, possa usar o direito de se desfazer da vegetação nativa."

"É preciso tempo para as pessoas lerem o relatório, receberem sugestões e examinarem. Eu não trabalho sozinho. Tenho uma equipe de consultores que organizou o relatório, além da própria comissão e de ministérios. "

"As pessoas estão interpretando o relatório como interpretam Dom Casmurro, se Capitu traiu ou não traiu Bentinho, se vai ou não vai haver desmatamento. Não haverá desmatamento. Ao juntar APP e reserva legal, permite-se apenas a regularização de áreas onde não há estoque de vegetação. "

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Voluntários pedem doações para pacientes do Hospital Miguel Couto

A amiga Dina da Costa , sempre ativa e solidária, nos enviou mensagem que divulgamos. Quem também puder ajudar será ótimo!

"Tenho amigos que fazem trabalho voluntário junto ao Hospital Miguel Couto e como todo trabalho voluntário precisam CONSTANTEMENTE de doações.

O trabalho deles se divide em duas partes:
1 - Emergência
Onde são atendidos todos os pacientes, e alguns deles, são moradores de rua e as roupas usadas por eles, são incineradas por causa de contaminação. Por esse motivo os voluntários precisam de todo tipo de doação como abaixo:
roupas usadas de homens e mulheres, inclusive cuecas, calcinhas e soutiens, calçados de qualquer tipo e material de higiene (sabonete, escova e pasta de dentes).

2 - O outro trabalho feito por eles é na pediatria e maternidade
Onde também precisam de enxovais para os bebês, roupas para qualquer idade, inclusive cuecas e calcinhas, chinelos e material de higiene, inclusive toalhinhas de lavabo.
Durante a semana é feita recreação e precisam de material como, lápis, borracha, apontador, lápis de cor, desenhos para serem coloridos e etc.
Em datas comomorativas como Páscoa, Dia das crianças e Natal são feitas pequenas festas e doações de peças novas, inclusive brinquedos.

As doações poderão ser feitas por meio intermédio - tels. Esc. 3820-2255, cel 9859-6348 e res. 2552-2256.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Príncipe ou cinderela?


Jornalistas lançam guia bem humorado para saber se você tem mesmo um homem para chamar de seu

Por Sônia Araripe*

Foto: Divulgação/Cris Lacerda

A mulher veste um pretinho chique para festa, faz uma escova básica e a primeira pergunta que o seu “ficante” lhe pergunta é aquele vestido “des-lum-bran-te” é Prada. Em outra situação, o rapaz forte da academia acaba virando seu namorado. E um dia, depois de muito se olhar no espelho, pergunta para a namorada se ela não acha que ele precisa de uma boa lipoaspiração. Estas e outras situações devem acender o sinal amarelo. Em tempos de Copa, podem até render cartão vermelho. O tão sonhado príncipe pode ser, na verdade, uma cinderela. A partir do depoimento real de uma executiva – batizada com o nome fictício de Sofia, que se descobriu casada com um gay enrustido - as jornalistas Consuelo Dieguez e Ticiana Azevedo resolveram escrever um guia para ajudar mulheres – e, porque não, também os moçoilos ainda dentro do armário – a descobrirem de que lado estão. O recém-lançado Cuidado! Seu príncipe ou pode ser uma cinderela, da Editora BestSeller, Grupo Editorial Record (208 págs, R$ 19,90), já entrou na lista dos mais vendidos da Revista Veja. E despertou o interesse de quem deseja ver a ideia transformada em filme.


Mas seria mais um best-seller de auto-ajuda? “Digamos que seja uma auto-ajuda bem humorada. O livro dá dicas das mais óbvias às mais sutis para as mulheres identificarem um gay no armário. Sim, porque tem muita mulher que não enxerga até os sinais mais aparentes de que aquele deus que ela paquera é gay”, conta Ticiana. O livro dá dicas, mas o objetivo, advertem as autoras, não é deixar leitores neuróticos para descobrir quem é príncipe ou cinderela. Divorciada, sempre bem-humorada, Ticiana dá uma gargalhada solta quando conta que já paquerou alguns belos mancebos que descobriu serem gays. Se transformaram em amigos. Consuelo, casada há 15 anos com um príncipe, adverte que não há receita milagrosa. “Não há homem ideal, assim como também não há mulher ideal. Temos que encontrar parceiros sabendo que os príncipes, às vezes, viram sapos e depois voltam a ser príncipes.” Como boas apuradoras, as jornalistas ouviram vários depoimentos – de gays, de heteros, de médicos, de professores de academias, etc - para construir este divertido livro. A seguir confira a entrevista de Consuelo e Ticiana.

***

Como surgiu a ideia de escrever o livro?
Consuelo Dieguez
- Nós, de vez em quando, falávamos dessa questão de gay no armário já que muitas amigas e conhecidas viviam reclamando de terem conhecido homens maravilhosos que, no final, eram gays. A Ticiana mesmo, há uns seis anos, estava interessada em cara que ela desconfiava que fosse gay. Ela me pediu que eu fosse com ela num almoço para conhecer o tal paquera. Eles ficaram amigos e ele acabou contando que era mesmo gay. Mas o que deslanchou o projeto foi o encontro, no ano passado, com uma executiva conhecida nossa, que nos contou que, após sete anos de casada, descobriu que o marido era gay. Ela, que no livro aparece com o nome fictício de Sofia, nos perguntou se não gostaríamos de escrever sua história. Nós topamos na hora. Achamos que é um tema super atual.

O tom do livro é engraçado ou é do tipo "auto-ajuda"?
Ticiana Azevedo
- Digamos que seja uma auto-ajuda bem humorada. Como a própria Sofia contou sua história de forma super bem humorada (hoje ela já deu a volta por cima), nós achamos que a melhor maneira de abordar esse tema que é dramático para os dois lados -- tanto para a mulher quanto para o gay no armário -- era de uma maneira leve e divertida. O livro dá dicas das mais óbvias às mais sutis para as mulheres identificarem um gay no armário. Sim, porque tem muita mulher que não enxerga até os sinais mais aparentes de que aquele deus que ela paquera é gay.

Contaram com a ajuda de quem "viveu" situações parecidas para fazerem o livro como se fosse um guia?
Consuelo e Ticiana
- Depois das conversas com Sofia nós fomos fazer nossas "pesquisas" de campo. Ouvimos mulheres que viveram essa situação, gays, ex-gays no armário, heteros, médicos, psicólogos, professores de academia de ginástica, promoter de boates gays, modelos que saem com gays que precisam de uma mulher ao lado como disfarce e mais um monte de palpiteiros. Incrível, todas as vezes que falávamos que estávamos escrevendo um livro sobre o assunto, sempre tinha alguém com uma história para contar. Por isso, todos os depoimentos e situações narradas no livro são reais. Apenas trocamos os nomes das pessoas.

E devem também ter ouvido muitos relatos de como está cada vez mais difícil mesmo para mulheres lindas, como vocês, encontrar um príncipe de verdade?
Consuelo
- Eu já estou casada há 15 anos com meu príncipe, que não é cinderela. Ticiana é divorciada e já topou com uns gays enrustidos, mas não chegou a namorá-los porque percebeu a tempo a armadilha. Mas acho que encontrar o príncipe é difícil para todas nós. Mesmo porque, nenhum homem é principe o tempo todo. Homem ideal não existe, assim como não existe a mulher ideal. Acho que temos que encontrar parceiros sabendo que os príncipes, às vezes, viram sapos e depois voltam a ser príncipes. O complicado é quando eles são cinderelas e usam as mulheres para disfarçar sua opção sexual. E isso parece que tem sido cada vez mais frequente.

Diante do sucesso, já pensaram em um desdobramento do lançamento?
Ticiana
- No momento nós estamos focadas na divulgação do nosso livro. Mas já recebemos propostas para transformar o livro em filme. Essa é uma idéia que nos empolga bastante.

Depois que lançaram, tiveram muitos retornos de mulheres confirmando que há mesmo muitos príncipes que são cinderelas?
Consuelo e Ticiana
- Muita gente nos deu retorno relatando experiências parecidas com as relatadas no livro. Outro dia, fizemos um evento numa livraria no Rio, e várias mulheres vieram nos procurar para contar suas histórias. Outras queriam que respondessemos se seus maridos ou namorados eram ou não gays. Bom, esse tipo de consultoria nós não damos. (risos) Apenas damos as dicas. Cada uma, usando o seu bom senso, é que tem que chegar a conclusão se seu príncipe é ou não uma cinderela. Sim, e é bom lembrar, que apesar das nossas dicas, sempre existem exceções.

Nestes tempos modernos, tiveram também algum retorno de quem tenha confessado ter uma cinderela em casa e ser muito feliz?
Consuelo e Ticiana
- Olha, até topamos com situações como essas. Mulheres que escreveram que já se relacionaram com gays e foi ótimo. Mas isso vai da cabeça de cada um, não é?

Na linha do "politicamente corretos", chegaram a receber alguma crítica de ONGs que defendem os homossexuais? Afinal, ser gay é natural, o difícil é sair do armário.

Consuelo
- Não ouvimos nenhuma crítica de ONGs e nem de movimentos gays. Já sofremos alguns ataques isolados de alguns gays. Mas é incrível. Pelos comentários que fazem, essas pessoas sequer leram o livro e tiraram suas conclusões por causa de uma ou outra nota de jornal. O livro não tem nada contra gays, pelo contrário. Nossa crítica é ao gay enrustido. Tanto que chamamos o jornalista Gilberto Scofield, um gay assumidissimo, nosso amigo, para escrever o prefácio do livro. E ele mesmo critica o comportamento dos enrustidos. Considera não só covardia, como um grande egoísmo o cara não se assumir e arrastar uma infeliz junto com ele. O mais legal é que temos tido retorno de ex-gays enrustidos que nos contaram, com muito humor, que se identificaram com várias situações vividas no livro. Muitos gays assumidos, que já estiveram no armário, nos disseram que, antes de lerem o livro, pensavam que poderia ser algo ofensivo aos gays e que descobriram, após a leitura, que o livro não só é elogioso aos que têm coragem de se assumir, como um estímulo para os enrustidos saírem do armário. Para pararem de fingir, de sofrer e de fazer outras pessoas sofrerem.

*Jornalista, é casada com o mesmo “príncipe” – quase “santo” - por lhe aturar por exatos 20 anos. Editora de Plurale em revista e Plurale em site, com foco em Sustentabilidade. E-mail: soniaararipe@plurale.com.br/ Publicada inicialmente em Balaio de Notícias.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Aniversário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro


Para comemorar seus 202 anos, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro preparou uma programação especial para os dias 11 e 12 de junho, com oficinas de ilustração botânica, atividades de educação ambiental, lançamento de livro e roda de ciranda.

A programação começa na sexta-feira, às 9h30, com a oficina de ilustração botânica. Serão duas turmas para crianças e uma para adolescentes a adultos, no parquinho infantil. Em caso de chuvas, as oficinas serão transferidas para a Coleção de Plantas Medicinais. As atividades no Laboratório Didático de Educação Ambiental serão das 11h às 15h, na Casa de Pacheco Leão.

Às 14h30, na portaria 04, em frente ao Centro de Visitantes, haverá a inauguração das catracas de acesso ao JBRJ. O lançamento do livro “Mata Atlântica: Manual de Adequação Ambiental”, pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas/ Ministério do Meio Ambiente, acontece às 14h40, no Centro de Visitantes.

A programação se estende ao sábado, com uma roda de ciranda organizada pela equipe de Acervo e Memória. Com música da Tribo do Tambor e do Curso Livre de Batucada, o evento é uma forma de resgate da memória do sítio arqueológico da Casa dos Pilões, onde, no século XIX, existiu uma fábrica de pólvora. A roda acontece às 10h, no gramado do Centro de Visitantes.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Marina, segundo Fernando Meirelles

Muito interessante a entrevista hoje, no Estadão, com o cineasta Fernando Meirelles sobre a senadora Marina Silva, candidata pelo PV à Presidência.

Meirelles, para quem não se lembra, é premiadíssimo, fez vários filmes de sucesso, como Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel. Aliás, em tempos de Copa do Mundo, com todos os olhares voltados para a África, vale conferir este filme sobre a polêmica envolvendo a patente de remédios e o preconceito naquela região do planeta.

Vale conferir.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Especial Semana do Meio Ambiente


Confira o Especial pela Semana do Meio Ambiente do site Plurale. A linda foto é de Luciana Tancredo, tirada na RPPN SESC Pantanal (MT).
Publicado no Blog do Boletim Jornalismo nas Américas, do Knight Center for Journalism in The Americas
Jornalistas cobrindo casos de destruição ambiental enfrentam ameaças e agressões crescentes, denuncia a ONG Repórteres Sem Fronteiras no relatório “Investigações de alto risco: desmatamento e contaminações”, publicado nas vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho.

A RSF detalhou agressões em oito países e, além deles, lembrou dois casos brasileiros: o do jornalista Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal, que enfrenta dezenas de processos judiciais por tratar de assuntos como destruição ambiental e grilagem de terra na Amazônia; e o do documentarista franco-espanhol José Huerta, processado oito vezes por mostrar neste filme os impactos de um empreendimento turístico no Ceará.

Na Argentina, a RSF relata o caso da jornalista María Márquez, de Andalgalá, na província de Catamarca, ameaçada de morte por criticar um projeto de mineração da multinacional canadense Yamana Gold.

Em El Salvador, os ativistas Gustavo Marcelo Rivera e Ramiro Rivera Gómez, vinculados à rádio Victoria, uma emissora comunitária no departamento de Cabañas, foram assassinados depois de se posicionarem contra as atividades da mineradora canadense Pacific Rim, denuncia a RSF. Outros trabalhadores da rádio relatam intimidações e tentativas de suborno neste vídeo.

“Por trás das ameaças estão empresas, máfias e funcionários corrompidos pelo dinheiro das minas e da exploração florestal”, afirma a RSF, que detalha mais 15 casos neste relatório de 2009.

Além dos relatos da RSF, ONGs e movimento sociais brasileiros denunciam um “bloqueio midiático” a algumas pautas, como as denúncias de devastação ambiental e desrespeito aos direitos humanos feitas contra o grupo alemão ThyssenKrupp e a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na construção de uma siderúrgica na baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Natureza em ritmo de Copa


Parece mentira, mas não é.
O pesquisador Marcos Victoriono, engenheiro agrônomo responsável pelo apoio das aulas práticas de Agronomia da Faculdade Cantareira, flagrou no último dia 10 de maio, um inseto "em ritmo de Copa do Mundo".

Torcendo pelo Brasil, claro!

A imagem foi captada na Fazenda experimental da Instituição, na região da Serra da Cantareira uma das maiores Florestas Urbanas.

O gênero é Chromacris, e a espécie Chromacris speciosa. Nome popular: grilo ou gafanhoto.